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Todos sabemos que “antigamente” os partos eram todos feitos em casa, contando para tal com a ajuda da parteira ou médico local. Também era frequente que algumas mulheres (doulas) fossem para casa da parturiente, tanto para auxiliar no parto, como para ajudar a mãe no pós-parto. |
À medida que os países se foram desenvolvendo e o parto deixou de ser encarado como um evento natural para passar a ser um procedimento medicamente controlado, os nascimentos foram transferidos para os hospitais. Os médicos passaram a ser os principais protagonistas do parto, sendo que muitos dos procedimentos foram tornados rotina tendo como principal objectivo facilitar o trabalho do médico. Hoje em dia existe um movimento mundial que reclama o regresso dessa componente humana, tão importante para a satisfação e conforto da mulher no parto. Este movimento, chamado de humanização do parto, não significa mais do que devolver o protagonismo à mulher nesse momento de crucial importância na vida de todos nós. Respeitar os seus desejos, as suas necessidades físicas, psicológicas, sociais e espirituais, proporcionar-lhe conforto, privacidade e carinho. Encarar o parto como um evento fisiológico e não como um acto médico. Humanizar passa ainda por proporcionar apoio à mulher, não só no parto mas também durante a gravidez e no pós-parto. Em Portugal estamos ainda na fase emergente deste movimento. Existe um longo caminho a percorrer mas já contamos com muitas pessoas a lutar diariamente para que esta seja uma realidade possível para todas as mulheres. Para saber mais sobre este tema: Sofia Carvalho |